Maçan, eu suponho que boa parte da receita da empresa que você decidiu se dedicar é alimentada com desenvolvimento de software proprietário. O que você acha disso? Não existe nenhum conflito ético – mesmo que já superado – diante dessa escolha?

Não, conflito ético algum! Você está olhando pro lado errado da moeda.

A empresa em que eu trabalho se apóia em software livre e software proprietário operando em conjunto para gerar valor único e receita. Ela não tem preconceito algum contra software livre, como qualquer empresa sensata deveria fazer.

Eu nunca fiz o tipo que fica na porta do Google com uma plaquinha pedindo que o código fonte do Gmail seja divulgado sob a GPLv3. No entanto veja quanto bem o Google já fez pelo software livre através de apoio à mozilla foundation, google summer of code, etc etc.

Um dos meus objetivos nessa nova empresa é ajudar a torná-la uma empresa mais atuante no mundo do software livre. Que tal isso? 🙂

Espero conseguir ajudar a reunir os elementos necessários para que o apontador se torne uma referência de boas práticas e fonte de inspiração para os desenvolvedores brasileiros de software. Isso se faz com uma empresa com vontade de oferecer algo à comunidade (e isso eu já tive no momento em que iniciei as conversas para minha contratação) e com uma comunidade que seja receptiva e saiba dialogar.

Isso eu sei que a maior parte dos desenvolvedores brasileiros é capaz de fazer, né? 🙂

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