Construindo Pontes

Quando se fala em engenharia, a imagem que geralmente vem à mente é a de grandes estruturas, pontes e edifícios. É a engenharia em sua forma mais clássica, aquela que molda nosso mundo físico.

Uma das minhas memórias mais antigas é meu pai me dizendo que eu “iria crescer, ser engenheiro, morar em São Paulo e projetar pontes”. Eu não sei dizer se isso foi previsão ou influência mas o que ele não tinha como acertar é que eu seria um engenheiro de computação, uma profissão que é a base para a construção de mundos sob diversas perspectivas.

Minha jornada na tecnologia começou na infância, aos 11 anos, quando comecei a programar. A escolha pela Engenharia de Computação na Universidade Estadual de Campinas (meu único vestibular) foi quase um instinto. Lá eu descobri o fascínio pelo Unix e pela Internet, um fascínio que só se aprofundou com o movimento do Software Livre. Ali, a engenharia já se mostrava como uma força de comunidade e colaboração.

Hoje, a engenharia que pratico na Creditas, junto com equipes incríveis, se baseia em código, dados e inteligência artificial. A imagem do “construtor de pontes” evoluiu para a do “arquiteto de futuros possíveis”. As pontes que construímos são entre a tecnologia e o negócio, entre os dados e as decisões estratégicas, e o mais importante, entre as pessoas.

A engenharia de software, a ciência de dados e a IA não são mais áreas isoladas; elas convergem para criar soluções que antes pertenciam ao campo da ficção científica. Estamos construindo ecossistemas digitais que redefinem o acesso ao crédito e transformam a vida financeira das pessoas.

Para mim, a essência da engenharia, seja ela civil, elétrica ou de computação, permanece a mesma: a capacidade de resolver problemas complexos com criatividade e técnica. A diferença é que nosso campo de atuação se expandiu do tangível para o digital, do presente para a construção ativa do futuro.
Das estruturas que nos abrigam aos algoritmos que nos conectam, a engenharia segue sendo a ferramenta mais poderosa para transformar o impossível em realidade.

Um brinde a todos os colegas que diariamente estão desenhando e construindo o amanhã!

Foto: Eu, ao redor dos tempos da minha formatura em um evento de “sistemas alternativos” junto do Ademir Carchano, um dos ídolos da minha adolescência. (Quem teve um computador MSX convertido para MSX 2.0 vai entender)


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