Curioso como a vida é irônica, curioso como meu coração não me engana. O conselho de Joseph Campbell que me despertou pra meu dom ecoa ressonante em minha mente: “Siga o que seu coração mandar” a tradução é simplista, “follow your bliss” significa algo como “siga seu êxtase”, ou “siga o que te faz sentir-se empolgado” ou mais um monte de coisas. Toda vez que fui contra esse princípio me ferrei. Hoje fechou-se definitivamente um ciclo. Prazer é o reflexo da dor em um espelho. Existe prazer imenso no alívio, e se por um lado uma situação dolorosa causa extrema dor, em geral ela traz paz. Todos têm o exemplo de um conhecido ou passaram eles mesmos pela experiência de ver um ente querido lutar contra uma doença durante muito tempo. Chega um momento em que a dor de ver alguém passar por algo tão difícil é maior do que a dor de perder essa pessoa, e ao fim… a paz. Uma paz amarga, mas paz. Uma paz que você não queria ter, mas paz, enfim.
Fecha-se hoje um ciclo na minha vida. É amargo, mas fecha-se. Um desfecho que eu já havia sentido como possível, depois eventualmente provável, agora fato. O sabor agridoce da ironia desse sonho constante chamado vida. Doce como a vida é quando não estamos brigando contra moinhos, amargo como é todo bom remédio.
E que venha um novo ciclo. :]
P.S. Decko, o risoto ficou pronto! 😀
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BILL MOYERS: Do you ever have the sense of… being helped by hidden hands?
JOSEPH CAMPBELL: All the time. It is miraculous. I even have a superstition that has grown on me as a result of invisible hands coming all the time – namely, that if you do follow your bliss you put yourself on a kind of track that has been there all the while, waiting for you, and the life that you ought to be living is the one you are living. When you can see that, you begin to meet people who are in your field of bliss, and they open doors to you. I say, follow your bliss and don’t be afraid, and doors will open where you didn’t know they were going to be.
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My general formula for my students is “Follow your bliss.” Find where it is, and don’t be afraid to follow it.
–Joseph Campbell, The Power of Myth, pp. 120, 149
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