Computador desenhado à mão com manchas coloridas em aquarela

The Art of Programming

Um dia percebi que meus hobbies (desenhar, tocar guitarra, minha paixão por ficção científica) se encaixavam muito bem na rotina de engenheiro de software. Eles sempre ajudaram a moldar a forma como eu vejo e faço engenharia. Para mim, o código é uma tela em branco, um universo a ser explorado.

Como o lendário Fred Brooks disse lá em 1975: “A programação é divertida porque gratifica os desejos criativos profundos que temos dentro de nós e encanta as sensibilidades que compartilhamos com toda a humanidade”. E ele estava certíssimo.

Pensem bem: o que é programar senão construir? É como um bolo de barro para uma criança, mas com a satisfação extra de criar algo útil para outras pessoas. É montar um quebra-cabeças complexo, com partes móveis que se interligam, e ver a mágica acontecer. É também estar sempre aprendendo, porque cada problema é um novo desafio, uma nova oportunidade de expandir o repertório.

Escrevi há muitos anos no meu blog que “terceirizar inovação significa reconhecer sua incapacidade de criação ou de permitir o trabalho criativo”. Sigo acreditando nessa frase até hoje e percebo como ela é muito válida para o meu trabalho atual. A inovação não brota do nada; ela é cultivada em um ambiente que valoriza a experimentação, a curiosidade e, sim, a arte de pensar diferente.

Entender como a beleza da arte pode ser inspiradora, em sua complexidade e harmonia, acaba por ser um espelho para a elegância que buscamos em uma arquitetura de software bem projetada. É a ‘ciência pura’ da matemática e da teoria da computação se encontrando com a ‘arte pura’ da criação. E ela também nos inspira no momento do erro, pois é com criatividade que se busca uma solução e se descobre a capacidade de aprender com a falha. Além de, claro, perceber que isso faz parte do processo.

No fim das contas, a engenharia de software, especialmente em um ambiente dinâmico como a Creditas, exige mais do que apenas lógica e técnica. Exige paixão, curiosidade e acima de tudo, criatividade. É a arte de resolver problemas, de construir o futuro para dar forma a ideia

Não é à toa que uma das obras mais importantes da Ciência da Computação se chame “The Art of Computer Programming”, não é mesmo?


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