As Alegrias da Arte de Programar


Por que a programação é divertida e que satisfação traz para quem programa?

A primeira é a satisfação de criar. O adulto se satisfaz construindo coisas como uma criança se satisfaz ao fazer um bolo de barro.

A segunda é o prazer de criar coisas que são úteis para outras pessoas. Nos satisfazemos que os outros usem nosso trabalho e o considerem útil.

A terceira é a fascinação de criar objetos complexos, como um quebra-cabeças, com partes móveis que se interligam, e observar como elas funcionam e interagem entre si.

A quarta é a satisfação de estar sempre aprendendo, que surge da natureza não repetitiva da tarefa. De uma forma ou de outra, o problema é sempre novo, e quem o resolve aprende algo: às vezes prático, às vezes teórico, e às vezes ambos.

Por fim, há a alegria de trabalhar um meio tão tratável. O programador, assim como o poeta, trabalha apenas ligeiramente afastado da pura substância do pensamento, mas a construção de um programa é real no sentido de que ela se move e funciona, produzindo saídas visíveis, separadas da própria construção.

A programação, então, é divertida porque gratifica os desejos criativos profundos que temos dentro de nós e encanta as sensibilidades que compartilhamos com toda a humanidade.”

The Mythical Man Month, Fred Brooks, 1975


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