hey boy, hey girl: Chemical Brothers, de surpresa.

Assim, do nada, descolei um ingresso pra ir ao show do Chemical Brothers, e fui.

Nunca fui exatamente fanático por eles, apesar de gostar muito e achar os clipes deles simplesmente fantásticos, fiquei um pouco decepcionado com o show.

Não com o som, fornecido por 4 line arrays que faziam tremer até a arquibancada oposta do pacaembu, nem com os efeitos, os canhões de laser podiam furar a cabeça de uma desavisada que subisse no ombro do namorado (alías, bem que podiam mesmo, eu não sou tão alto) , nem com os telões – um telão gigante atrás do palco, dois painéis menores desses de rua logo abaixo, e mais um telão menor e painel de cada lado do palco, mas a performance da dupla é questionável.

Não é problema só deles, a maioria das bandas eletrônicas tem problemas com a presença de palco, a música eletrônica de hoje é feita em estúdio, com pouca (ou no caso dos brothers – quase nenhuma) margem para performance ao vivo, o que te faz ficar com a sensação de estar ouvindo o CD, já que eles não fazem muito mais do que ficar variando efeitos sobre elementos sequenciados/pré-gravados (ao menos foi o que me pareceu). O conjunto de seu equipamento em palco (ou no jargão técnico – “a tralha”) que eles levaram para o palco era muuuito interessante, alguns sintetizadores clássicos pendurados, uma mesa digital, dois (que eu vi) sequenciadores de hardware, um controlador CAT, (não vi se era uma bateria) muita coisa mesmo, no fim das contas foi muito divertido, o show foi longo, chegou a se tornar cansativo e meio repetitivo, mas foi divertido.


Meu ingresso pros chemical brothers


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