Não é todo dia que a equipe do Gilberto Dimenstein entrevista a gente! A entrevista acabou saindo no site catraca livre e conta um pouquinho das minhas aventuras em software livre, educacão, música, projetos profissionais…
Estou tentando com todas as minhas forcas reunir condicões de produzir mais coisas, próximo do ritmo de outros tempos, vamos ver se chego lá 🙂
Para fins de registro pessoal, o texto da entrevista se encontra copiado após o “leia mais” deste artigo.
Engenheiro cria música através de softwares
Quando, em meados de 2002, Eduardo Maçan, 34, escreveu um artigo sobre pirataria, foi dado um elogio a ele. Mas não foi um elogio qualquer. Estava ele, certo dia, ministrando uma palestra sobre softwares livres, quando um professor prontamente lhe agradeceu, fazendo referência ao texto. “Ele disse que, depois de ter lido meu artigo, sentiu-se motivado a procurar novidades e ensinar para os seus alunos. “Tenho um quase respeito oriental para com os mestres e receber uma fala daquela foi, emocionante.”
Seu trabalho habitual é o de gerente de Tecnologia da Informação, no Colégio Bandeirantes. É de lá que saiu sua invenção predileta: uma rede de relacionamento para alunos e ex-alunos da instituição. A idéia foi criar um ambiente seguro para que as pessoas pudessem interagir. Algo semelhante aos mecanismos do Orkut, mas mais restrito. “Assim, vários problemas são reduzidos. Além de manter contato com as pessoas e a instituição, o programa também é um ambiente rico para a troca de experiências profissionais. É uma plataforma para o ensino da cidadania digital responsável”, explica.
A tecnologia também está no meio de seu hobby. Maçan gosta de música eletrônica e blues. Tanto que, em conjunto com mais outros dois amigos, fez uma lista de softwares que podem ser usados por quem quiser e para quem gosta de criar músicas novas. “Não sou um músico, mas gosto de brincar com ela. Esta foi a maneira que encontrei para fazer isso.” E tanto deu certo, que até um show foi feito pelo grupo. As imagens estão propositadamente desfocadas. “As pessoas tinham que prestar atenção apenas na música.”
Todo o interesse tecnológico e, também pela música, vem de um passado ainda vivido em uma cidade, cujo número de habitantes não ultrapassa o de 10 mil. Quando era menino em Santa Mariana (PR), no começo da década de 1980, ficava impressionado com Star Wars e os enlatados inspirados pela série. “Eu queria ser astronauta ou coisa do tipo”, lembra.
Seu primeiro contato com a informática foi um curso básico de programação. “Tive aulas básicas de programação.” E, desde então, começou a mexer, de fato, com programação e fazer músicas através do computador. Depois graduou-se em Engenharia de Computação na Unicamp, entrou em contato com o mundo dos softwares livres (aqueles programas feitos e distribuídos gratuitamente para o uso coletivo) e daí não parou mais de estudar e aprender sobre o assunto.
Conta ele ainda que essa relação de ensino e aprendizagem vem daquilo que vivenciou em casa, com os pais. “Minha mãe sempre disse que a gente aprende muito mais quando ensina. E eu pude perceber isso na prática.” Maria Neuza Maçan, 61, de fato deu o exemplo. Teve poucas oportunidades de ir para a escola. Cursou até a quarta série do ensino fundamental e, ainda assim, fazia questão de ajudar os filhos durante as tarefas escolares. “Foi neste momento que ela mais aprendeu do que nos ensinou.” Hoje já se aventura nas aulas de inglês oferecidas pela internet. “Aprender outro idioma é, para ela, uma paixão.”
Por nunca querer deixar de ensinar e aprender, Maçan está na fase final de seu curso
de MBA em Estratégia de Negócios, na Fundação Getúlio Vargas. Não deixa também de aprender com a cidade que adotou para morar. “São Paulo é abundante em riqueza e manifestações culturais.”
Confira algumas dicas que Maçan dá para quem quer produzir suas próprias músicas
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