Naquela manhã eu acordei tarde, de bode. Com tudo que sei, acendi uma vela, abri a janela e pasmei: alguns edifícios explodiam, pessoas corriam… eu disse bom dia e ignorei. Telefonei pr’um toque tenha qualquer – E não tinha – Ninguém respondeu. Eu disse: “Deus! Nostradamus! Forças do bem e da maldade, vudu, calamidade! Juízo final, então és tu?”
De repente na minha frente a esquadria de alumínio caiu junto com o vidro fumê. O que fazer? Tudo ruiu!
Começou tudo a carcomer, gritei, ninguém ouviu (E olha que eu ainda fiz psiu!). O dia ficou noite, o sol foi pro além. “_Eu preciso de alguém”.
Vou até a cozinha encontro Carlota a cozinheira, morta diante do meu pé, Zé!
Eu falei, eu gritei, eu implorei: “Levanta! Me serve um café, que o mundo acabou!”
Eduardo Dussek
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