melancolias , tanto as justificáveis quanto as não… eu buscava algum
ânimo no meu próprio passado quando comecei a cantarolar meio que do
nada uma musiquinha simples, ingenua
que havia composto com um amigo de minha adolescência … aah, era um anúncio de mais uma das grandes ocorrências daquilo que Jung chamara de “sincronicidade”. Eis que hoje, surgido do nada no meu msn
reencontro o meu amigo Fabiano, de quem procuro notícias há um
bom tempo na internet, de vez em quando procurava o nome de velhos
amigos no google e ia encontrando referências esparsas que me davam uma
idéia de que eles estavam levando suas vidas por aí, ou vice-versa.
O Fabiano sempre foi um cara inquieto, comunicativo, extrovertido e -coloquemos assim- não obtinha extrema satisfacão das aulas de ciências do colegial, meu extremo oposto.
Talvez por isso nos déssemos tão bem, bem a ponto de eu ter morado por uns 2 meses na casa dele pra estudar durante o 3o ano do ensino médio. Afinal eu estudava 45Km de casa e ir e voltar todo dia era ruim demais. Bons tempos em que a gente voltava do cursinho pra casa caçoando, em inglês, dos outros passageiros do onibus porque sabia que ninguem entendia mesmo…
Eis que Fabiano ressurge e comecamos a colocar a conversa em dia, ambos abraçamos a musica, eu como hobby, fuga de mim mesmo e convicção, ele como profissão, meio de se encontrar, e vocacão. Que coincidencia! Moramos ambos em São Paulo a meca-ópole para onde fluem os esperançosos e os desconsolados, os técnicos e os artistas. Assim nos encontramos, ecombinamos de colocar o resto da conversa em dia, um pouco de saudosismo, jazz e whisky… 10 anos! Poxa!
Fabiano está atingindo seu objetivo, tocou no Brasil e no exterior, é
compositor e cantor, tem contrato com uma gravadora major, e em dezembro sai o seu primeiro disco, do qual tive o privilégio de ouvir uma
música…
Que coincidência, uma música em inglês, como aquela que fizemos 13 anos
atrás, uma música simples, como a que fizemos 13 anos atrás, uma música
com “licencas poéticas gramaticais” do inglês, como a de 13 anos atrás,
uma música que fala de horizontes, como a de 13 anos atrás… mas não
somos mais aqueles de 13 anos atrás, a gente viveu, cada um ao seu
modo, esses 13 anos. Aprendemos licões que o curso e colégio Asa de
Cornélio Procópio não ousaria incluir no currículo comum…
Mas por que raios hoje, Fabiano? Num dia em que minha melancolia está
atingindo picos everestais você me aparece com essa música? Falando em
linhas do horizonte numa época em que os meus horizontes parecem tão
borrados na distância?
bem a verdade… Oh, yes! I’m the great pretender. Cara, desejo todo o
sucesso possível pra sua já aparentemente bem sucedida carreira, você
encontrou o que sempre procurou, eu tou na lida. E olha, eu não costumo
desabafar em BROGUE, mas essa foi a gota d’água, que alegria triste,
mas ainda uma alegria, reencontrar um amigo numa época dessas.
Pra quem teve a paciência de ler isso tudo até aqui, eu não vou
colocar a música do fabiano pra download no site, mas vai o link pra letra dela no vagalume e outro pro site dele, vale muito a pena, pop rock bem
produzido, tem tudo pra estourar, eu vou comprar um cd.
Clique aqui e veja
a letra de I wanna be with you, de Terranée (que eu conheci na minha adolescência como “Fabiano”) E aqui pro site do artista
E Fabiano… sem querer você acabou emplacando uma na minha trilha sonora pessoal…
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