Acabo de assistir “A chegada” no cinema (sim, após 2 meses da estreia!) e vos digo: adorei. Conseguiu entrar na minha lista de favoritos no tema “primeiro contato alienígena”.

Pra quem já assistiu “O dia em que a terra parou (1951)”, “guerra dos mundos (1953)”, “contatos imediatos do terceiro grau (1977)”, “E.T. (1981)”, “Alien Nation (1988)”, “contato (1997)” e “distrito 9 (2009)” (entre outros) não resta muito a discutir. Quando os alienígenas decidem vir para a terra, eles vêm com dois objetivos: “Trazer um presente” ou “Ferrar com a coisa toda” como nos ensinaram em 51 e 53. Quando eles chegam por acaso geralmente quem se ferram são eles, vide 81, 88 e 09.

Refilmagens invariavelmente são frustrantes. Guerra dos Mundos (2005) com o Tom Cruise até que foi boa diversão, mas não tem 10% da magia, do clima e do visual distinto do original. “O dia em que a terra parou (2008)” com o Keanu Reeves, me fez desejar que coisas pudessem ser “desvistas”. Como alguém pode permitir que se faça isso com um clássico? O meu preferido ainda por cima!?! Desde aquele dia esperei que alguém aparecesse com uma versão moderna minimamente decente de “o dia em que a terra parou”.

Acabou a espera.

“A chegada” se diferencia porque os extraterrestres e seus motivos são o tema secundário. A comunicação, aspecto provavelmente mais importante e presente da vida humana, é o que realmente importa. Eu via indivíduos tentando se comunicar na tela através de símbolos, gestos e sons estranhos e os paralelos com meu dia-a-dia ficavam pipocando o tempo todo na minha cabeça. Mind Blown.

Não tem nada veloz nem furioso nesse filme. Um tiozão e sua senhora saíram da sala após uns 30 minutos. Eu o ouvi reclamando com ela até que determinou: “Vamo embora, filme chato do @#$@$”. Eles saíram e eu continuei grudado na cadeira: que tipo de contato é esse afinal? ‘Presente’ ou ‘Ferrar’ a ‘coisa’ toda? O filme tenta seu melhor para não te deixar ter certeza e isso ajuda a criar a tensão necessária.

O tiozão perdeu uma grande oportunidade de ter a reflexão sobre comunicação que eu tive, mas isso, pelo que observei, ele já vem perdendo faz muito tempo.


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