Eu lembro, nos idos anos 90, quando o Conselho de Administração ficava tentando impor que “profissionais de informática” deveriam estar sujeitos ao CRA, porque pretendiam que computação fosse um aspecto secundário de Administração de empresas.

Eu fazia Engenharia de Computação e achava tudo isso ridículo, até porque o CREA não fazia ideia do que computação era. Achavam que Computação fosse um aspecto secundário de Engenharia Elétrica.

A matemática também achava que Computação fosse um aspecto secundário seu.

Aliás, até hoje a Unicamp (minha alma mater) tem 3 institutos diferentes com “Computação” no nome.

Ainda tem gente no mundo que acha que “informática” (nome que eu aliás desgosto quase tanto quanto “TI”) é só “apoio ao negócio”, parte do cost of doing business. Ainda não entenderam que no mundo de hoje para serem relevantes as empresas devem ser “empresas de tecnologia que fazem X” e não “empresas de X que usam tecnologia”.

Mas voltando… além das discussões sobre “regulamentar as profissões de ‘informática'” (que vão muito bem obrigado sem regulamentação desde sempre) e sobre onde computação se encaixa no mundo quadrado do século passado, ainda tem os sindicatos. Enquanto essa gente fica gastando dinheiro e a paciência de todos sem produzir nada para “a classe”, faz 30 anos que os “meninos da informática” são contratados como “Pessoa Jurídica” e terceirizados, quarteirizados, quintirizados… terceirização e direito trabalhista “flex” não são novidades nessa área.

E aí você se torna gestor, e aprende no MBA que a “t.i” é a primeira área da empresa que pode ser terceirizada ou enxugada numa fusão. Foi o primeiro estudo de caso da primeira cadeira do meu MBA (que foi em gestão de negócios, não de tecnologia).

Quem quiser, que nutra seu sindicato preferido (tem uns 15000+ no Brasil pra escolher), por mim, os de “informática” podem se explodir, até porque nunca fizeram e vão continuar não fazendo diferença nenhuma para “a classe”. Aproveitem e levem as briguinhas de conselhos e propostas de regulamentação junto de uma vez por todas.


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