Acho que para os fanáticos pela escola e tradições lulistas o que deve doer mais na “ameaça Marina” é que a metáfora do homem de origem humilde que veio do nada e se tornou presidente para ser o “cordeiro político” dos pobres foi superada.

Veja bem, a Marina é mulher e é fato que a vida da mulher pobre é ainda mais sofrida do que a do homem pobre. Além disso ela se alfabetizou aos 16, se formou, se tornou professora… uma história muito mais fácil de ligar ao esforço pessoal e à superação pelo trabalho e educação, em oposição ao discurso rançoso da luta de classes associada ao Lula ou à imagem belicosa da atual presidente.

Marina não tem meu voto no primeiro turno, mas é bom ver uma metáfora viável para substituir a sombra populista do ex-presidente. Não seria trocar 6 por meia-dúzia, seria trocar 6 por 4 ou 5, mas já seria lucro. Ao menos no aspecto simbólico, já que, não adianta, o povo quer mesmo é um “herói” com quem se identificar e não um presidente :/


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