Estou cursando MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios na FGV e amanhã (segunda, 10/11/08) devemos apresentar um plano de marketing para recuperar market share do detergente do professor (Arnaldo Schvartzer, figura, figura), o detergente Clean Ton, da empresa Mãos Limpas LTDA.
Tive(mos) pouquíssimo tempo para produzir o comercial. Como eu sou especialista em áudio não tenho equipamento de vídeo e perdi minha câmera fotográfica, decidi fazer a propaganda em animação à mão livre.
Adorei fazer a matéria do Arnaldo, ele acabou me obrigando a fazer algo que sempre tive alguma vontade, mas nenhuma paciência: Criar um desenho animado. Gostei da experiência.
O legal é que todos os detergentes comprados, usados nos comerciais e etc serão doados para uma instituição de caridade. Muito Bacana!
Eis o vídeo, pra quem gosta do aspecto Techie da coisa, clique no “Read more” para ver a lista de softwares (todos livres) que usei para produzí-lo.
E torçam para que eu tire uma notona 🙂
- Para produzir os rótulos, usei o inkscape, excelente software de desenho vetorial. Medi um rótulo de detergente, ajustei o inkscape para medidas em milímetros e comecei com um retângulo de 185×50 em um papel A4 na minha tela, ficou lindão depois de impresso, recortado e colado sobre o rótulo de um detergente de verdade.
- Para desenhar, eu usei canetinha hidrográfica em papel sulfite, mas para passar isso pro computador usei o hplip. Ele e o CUPS também me ajudaram toda vez que eu precisava passar alguma coisa do computador pro papel.
- Para a trilha sonora, tenho muito a agradecer a Tchaikovski, pela fantástica Dança da fada do açúcar do balé quebra nozes, mas foi o audacity que me ajudou a gravar e mixar a narração e os demais efeitos (o prato “cantando” foi de fato um prato “cantando”). Gosto do audacity, simples e no ponto, sempre que preciso gravar algo multipista/multicamada simples.
- Uma vez digitalizados, cada elemento de animação precisou ser editado, composto e salvo como um quadro de animação básico. O GIMP não tem concorrentes 🙂
- Com um monte de quadros estáticos e idéias, eles precisavam ser sequenciados, ajustados, assistidos em loop e finalmente vistos como uma animação completa, depois de muitos ajustes. Eu já dei a entender que dá um certo trabalho fazer uma animação? Pois é, dá. Mas seria certamente muito maior se não fosse pelo também simples e direto ao ponto stopmotion para me ajudar na tarefa.
- Uma vez com um monte de quadros estáticos organizados pelo stopmotion, o trabalho de transformar isso em um filme e adicionar a trilha sonora foi do mencoder.
- Eu devo agradecer ao Imagemagick, a cartola mágica da edição de imagens em linha de comando. Por um azar do destino, eu resolvi usar png como formato dos meus frames individuais. Não recomendo. Descobri do jeito não tão fácil que a maioria dos programas parece esperar que você tenha quadros em jpg como fonte. Graças ao imagemagick, pude converter os 250 quadros da animação de png para jpg para finalmente (depois de muito penar) conseguir que meu vídeo se parecesse com o que eu via no stopmotion.
- Eu daria uma olhada no synfig, mas animação não é minha praia, muito menos desenho vetorial… eu levaria anos até ser competente o bastante com isso e não pretendo mudar de carreira a essa altura do campeonato 🙂 O synfig parece ser muito bom, parece estar seguindo os caminhos que o Blender já trilhou pra chegar onde está.
Enfim, não sei se faria outro desses tão cedo, muito menos um mais elaborado. Uma animação minimamente profissional demoraria semanas, meses ou anos para ficar pronta… essa experiência de fim de semana já me bastou.
Comente de volta!