Comentando comigo sobre a crise econômica e sobre cidades do interior, um amigo disse que não importa o tamanho da crise, o puteiro da cidadezinha do interior nunca fecha. Será?
Com a invenção da pílula anticoncepcional nos anos 60 as mulheres ganharam controle sobre seu corpo e também o direito a desfrutar do sexo com tranquilidade, podendo planejar o momento de se tornarem mães.
Mas parece que medo de gravidez era o único tipo de responsabilidade que a sociedade tinha em relação ao sexo, que desde então tem sido progressivamente destituído de significado e rebaixado à condição de mera atividade recreativa . A partir daí a “festa do coqueiro” foi institucionalizada e qualquer manifestação contrária é vista como moralista, machista, ou o que quer que seja.
O humor e o sarcasmo da observação do meu amigo ainda estavam frescos quando eu li este artigo no blog do repique chamado “O salão das putas do baixo-augusta”. Cito um cabeleireiro acostumado a atender as “meninas” que trabalham na região, comentando a crise pela qual passa “o setor” que em tese nunca entrava em crise:
Na sua opinião como anda o movimento aqui na Augusta?
De uns cinco anos para cá, mudou demais. Diminui porque a Augusta mudou muito. O público da noite não procura mais garotas de programa. Os homens não procuram mais sexo com elas, não vão atrás de garotas de programa porque tem uma facilidade de pegar mulheres na noite. As mulheres estão mais fáceis. Essa liberdade sexual de hoje diminuiu o trabalho delas. Os caras já nem estão se esforçando mais muito, não. E nem elas. Eles nem precisa cantar tanto. Eles pensem “por que eu vou pagar Se eu posso pegar alguém na noite”. E acho que a tendência é piorar.
Pois é… não sou eu dizendo, é uma manifestação do “Zeitgeist”, observada por um stakeholder 😉
A ironia, aaah, a ironia.
A Madonna ficou milionária surfando a onda da sexualidade quase-explícita, mas quando chegou a vez dela de criar uma menina, proibiu televisão. Certa ela.
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